7 anos de Pecado da Gula!

Hoje o Pecado da Gula faz mais um aniversário, são 7 anos postando minhas aventuras culinárias! Uau! Nem eu acredito que cheguei até aqui! É um espanto se for pensar que tenho o grande defeito de começar muitas coisas e largá-las pela metade, coisa típica de sangue B! Acho que não sou enfim um caso perdido! rss
Não posso deixar de sentir um certo orgulho de mim mesma (no bom sentido) por enfim, ter encontrado um passatempo do qual eu realmente goste e me dedique tanto e como disse anteriormente uma grande parte se deve a vocês, leitores, que me incentivam e fazem meus dias mais alegres com seus emails, comentários e visitas diárias, ainda que eu não saiba quem são na sua maioria!
Bom, aniversário que se preze tem bolo e inicialmente pensei mesmo em fazer algum bolo recheado e confeitado mas no final me decidi por um bolo simples que é o que eu realmente gosto e tenho feito e postado com frequência ao longo desses anos.
Escolhi este bolo cuja receita ganhei de uma colega do Japão há muitos anos atrás que é uma delícia e não sei porque cargas d’água ainda não havia postado. Já fiz muitas vezes e reparti entre colegas todas as vezes porque dá um bolão enorme! Não me esqueço que numa dessas ocasiões uma colega pediu a receita do bolo porque o marido que não é de comer bolo, devorou quase tudo sozinho e elogiou dizendo que se parecia com bolo comprado. Deu para entender a comparação porque a textura deste bolo fica compacta mas ao mesmo tempo muito macia. Hoje eu sei que esses bolos industrializados levam emulsificante para que fiquem assim mas este aqui não vai nada dessas químicas, só ingredientes simples e que todos têm em casa! ;)

Bolo da Midori

* xícara medida 240ml

200g de manteiga sem sal amolecida
6 ovos grandes
2 xícaras de açúcar (uso mal cheia)
1 lata de leite condensado
1 vidro de leite de coco (200ml)
4 xícaras de farinha de trigo
uma pitada de sal
1 colher (sopa) de fermento em pó

Pré-aqueça o forno a 180˚C.
Unte e enfarinhe uma assadeira grande.
Peneire a farinha com o fermento e o sal.
Bata as claras em neve e reserve.
Bata a manteiga com o açúcar e as gemas até ficar cremoso e esbranquiçado. Sempre batendo, junte o leite condensado em fio e o leite de coco.
Em velocidade baixa, coloque a farinha de trigo aos poucos e bata só até ser incorporado.
Tire da batedeira e junte as claras em neve. Misture delicadamente de baixo para cima com uma espátula. Despeje na assadeira e nivele a superfície. Bata no fundo da assadeira algumas vezes e leve para assar por cerca de 40 minutos ou até dourar. Faça o teste do palito. Se espetar e sair limpo está pronto.

E agora, o presente de aniversário!!!
Felizmente o resultado saiu através da Loteria Federal e a grande sortuda foi...

... a Verônica Lima Ramos! Parabéns!!! Logo vou mandar um email a você pedindo seus dados para remessa! ;)
Muito obrigada a todos pela participação!
Encerro agradecendo a todos os leitores mais uma vez, aos que estão chegando agora, aos mais antigos e aos que me "aturam" desde 2005!!! :D

Forminha de legumes + agradecimento!

A sugestão de hoje veio de uma revistinha de culinária do Daniel Bork e foi mais do que aprovada aqui em casa! Lembram omelete na textura, são bem leves e deliciosas. Os legumes podem ser substituídos por outros que tiver à disposição ou por frios, azeitonas, sobras de carnes... é daquelas receitinhas boas para fazer uma limpa na geladeira! ;)

200g de cenoura
200g de vagens
200g de chuchu
cheiro verde a gosto
250ml de leite
1 colher (sopa) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de manteiga
3 ovos grandes
3 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado
sal e pimenta do reino a gosto
uma pitada de noz moscada ralada

Descasque e corte as cenouras em palitos de 1cm e o chuchu ao meio no sentido do comprimento. Coloque-os junto com as vagens numa panelinha, cubra com água e cozinhe até ficarem macios (pode cozinhar no vapor ou microondas também). Escorra e espere esfriar. Depois pique em cubinhos.
Numa panela, dissolva a farinha de trigo no leite, junte a manteiga e leve ao fogo para engrossar. Tempere levemente com sal e pimenta do reino e a noz moscada. Misture bem e deixe esfriar.
Depois junte os ovos e o queijo ralado. Misture bem e acrescente os legumes e cheiro verde.
Mexa bem e distribua em 12 forminhas de muffins untadas e polvilhadas com farinha de rosca. Nivele a superfície e espalhe um pouco de orégano e farinha de rosca por cima.
Leve para assar em forno pré-aquecido a 180˚C por cerca de 35 a 40 minutos.
Espere 5 minutos para desenformar e sirva em seguida.

Gostaria de agradecer à querida Vice pelos mimos que eu ganhei num sorteio por ocasião do aniversário do seu cantinho! Além da linda toalha que ilustra as fotos desta postagem, recebi outros mimos que vão ser muito úteis na cozinha e certamente me lembrarei de você todas as vezes que usá-los, Vice! Muito obrigada pelo carinho e vida longa ao seu blog que tanto admiro! :)

Pizza grelhada na frigideira - fininha e crocante!!!

Final de semana, pizza. Pizza, final de semana. É fácil fazer esta associação, pelo menos  nesta cabeça gulosa! rsss O difícil é escolher qual receita testar mas semana passada já sabia muito bem qual faria! Assim que vi esta receita postada pela querida "vizinha" Cristina, ela imediatamente saltou para o topo da minha lista por fazer. Nem tive dúvidas de que eu iria adorar o resultado, tanto que fiz duas receitas de uma vez! :o)

Fiz e confirmei todos os elogios da Cristina! A massa fica super crocante e leve! A gente come 2, 3... e ainda sobra espaço pra uma doce! 

Fiz conforme as orientações da Cristina. Preparei a massa e depois de esticada, grelhei na frigideira. Cobri com recheio e assei por alguns minutos no forno bem quente. Ficaram excelentes! No dia seguinte, fiz algumas doces na frigideira e deu certo também! Bastou esquentar bem a frigideira, regar o fundo com um fio de azeite, colocar o disco recheado, tampar e deixar grelhando em fogo moderado/baixo por uns 5 minutos ou até que o recheio esteja aquecido!

Essa receita é realmente um achado, daquelas que vão pro caderninho e que com o tempo ficam com as páginas amareladas e sujas de tanto ser repetida de tão boa! ;)

¾ xícara de água morna (180ml)

1 colher (sopa) de fermento seco para pão (10g)

½ colher (chá) de açúcar

1½ xícara de farinha de trigo (210g)

¼ xícara de farinha de trigo integral (45g)

1 colher (chá) de sal (usei ¾ colher de chá)

2 colheres (sopa) de azeite extravirgem

Numa vasilha, coloque a água morna, o fermento e o açúcar. Misture e deixe descansar por 5 minutos até ficar espumoso.

Na tigela da batedeira, coloque as farinhas, o líquido fermentado, o sal e misture rapidamente. Leve para bater com o gancho de massas pesadas por 2 minutos até a farinha ser incorporada. Se estiver muito úmida, coloque um mínimo possível de farinha de trigo (eu precisei colocar mais 3 colheres de sopa). Continue batendo por mais 5 minutos e incorpore o azeite. Bata mais 5 minutos até a massa se soltar da vasilha e ficar lisa e elástica.

Modele numa bola com as mãos untadas com óleo e deite numa vasilha também untada. É importante que a superfície da massa esteja untada também para que não resseque. 

Cubra com filme plástico e deixe crescer até dobrar de volume (de 1 a 2 horas - a minha levou 50 minutos). Coloque na geladeira e deixe por no mínimo 30 minutos. Isso vai agregar sabor e melhorar a textura.

Dê alguns soquinhos na superfície para tirar o gás acumulado e divida a massa conforme o seu gosto (rende 2 discos de 30cm ou 6 discos de uns 24cm).

Modele em bolinhas e deixe descansar por 10 minutos.

Enquanto isso já deixe esquentando uma frigideira grande (24 a 27cm de diâmetro) em fogo moderado/forte.

Pegue uma bolinha e abra com rolo bem fininho na mesa enfarinhada. Não se incomode se não sair redonda, o formato irregular e rústico é mais interessante nesta pizza.

Coloque a massa na frigideira. Depois de 2 minutos já vai levantar bolhas na massa (foto de cima). Se não aparecer, aumente um pouco a chama. Levante um pouco a massa para verificar se dourou no lado de baixo. Se sim, tire a massa ou se quiser, doure levemente o outro lado também (foto de baixo).
Vá repetindo com as outras bolinhas.
Depois de prontos, recheie a gosto e leve para assar em forno pré-aquecido beeeem quente (230˚C) por 2 a 5 minutos até que as bordas fiquem bem douradas e o recheio aquecido.

Uma sugestão:

Como as pizzas ficam bem crocantes, o bom é comer com as mãos mesmo ao invés de talher! ;P 

Cortar com tesoura de cozinha ajuda a deixar as fatias mais manuseáveis! rsss

Depois é regar com um bom fio de azeite extravirgem, umas gotinhas de tabasco...

... e bora pra dentro!!! Nhac!!!

Para as pizzas doces, espalhe requeijão cremoso e cubra com fatias de banana. Leve para assar ou grelhar e depois regue fartamente com leite condensado e polvilhe canela em pó. Outra é passar requeijão, distribuir fatias de morango e pelotas de nutella. Nem preciso comentar ne? :P

Falando em final de semana, fomos assistir "Corações Sujos" e saímos impressionados com o belo e emocionante filme! Eu que nunca choro em filmes, saí soluçando. É uma pena que esteja sendo pouco divulgado, mas vale muito a pena assistir e saber mais deste capítulo negro e pouco conhecido da nossa história. Fica a dica! ;)

Os leitores testaram e aprovaram 8 e balões!

Desta vez o PG atravessou o Atlântico e foi parar na cozinha da Marlene de Açoures/Portugal! Ela preparou a torta salgada deliciosa (1) e no recheio colocou cogumelos, ervilhas, milho, bacon e queijo ralado! Hummm, que delícia!!!
Já o simpático Ruy me enviou através do Facebook as fotos do seu bolo de laranja com maçãs carameladas (2) e o "gostosíssimo" (palavra dele)  pão francês de forma (3)! Segundo ele, os dois foram sucesso absoluto e sumiram em instantes! :)

A leitora Fabiani, ou Ani para os amigos, lá do Japão me surpreendeu esta semana com uma coleção de fotos de algumas receitas que ela já preparou! Isso porque a maioria ela se esquece de tirar fotografar ! rss

1. Panetone

2. Pão arrebatador de limão siciliano que já fez "um milhão de vezes

3. Cookies de aveia e gotas de chocolate que "faz toda semana no inverno"

4. Pão de queijo japonês que "caiu do céu e sempre tem repeteco" e acompanhado de uma cervejinha que acabou cortada da foto (rsss)

5. Bolo B-day 6 anos que fez no aniversário de 3 anos de sua filha e "todos acharam lindo"(e eu tbm, omedetou!)

6. Rosca doce que "fez 3 vezes"

7. Pão torcidinho com abóbora kabotcha e coco ralado, "uma delícia!"

8. Bolo de fubá da mãe do Aldo

9. Pão de alho e ervas que "repetiu 2 finais de semana seguidos"

10. Primo-irmão do pão delícia

Mais uma vez muito obrigada pelo retorno e carinho! Quero agradecer também a todos os comentários recebidos e aos blogueiros amigos que também reproduziram algumas receitas!!! 

Encerro com algumas fotos que tiramos no final de semana passado do Campeonato Brasileiro de Balonismo que aconteceu aqui em Maringá!

O sol e calor colaboraram para que muitas pessoas fossem prestigiar o evento! 16 balões coloriram os céus de Maringá e alguns deram até alguns sustos na platéia fazendo um voo rasante!

A nossa Laika fez o maior sucesso também! Todos que passavam exclamavam como ela é linda e até palpitavam sua possível raça, de akita a welsh corgui! rsss

Um grande abraço e um ótimo final de semana pra todos! :)

Dicas, pesos e medidas

Atendendo a pedidos antigos e recentes finalmente deixei a preguiça de lado e fiz uma pequena tabela de conversões de medidas para quem ainda não tem balança culinária! Digo ainda porque recomendo fortemente a comprar uma. Para quem cozinha é um ótimo investimento, garanto que não vai ser um daqueles trambolhos que compramos por impulso e fica encostado depois! :D
As receitas mais recentes que pedem ingredientes em gramas, já tenho escrito também em xícaras mas as mais antigas, não,  então espero que esta tabela venha a ajudar os leitores!  Aproveitei para dar algumas dicas para obter melhores resultados nas receitas e espero que possam ser de alguma utilidade! A lista de ingredientes ainda não está completa mas conforme for lembrando ou utilizando os ingredientes vou atualizando. Vocês também podem e devem me ajudar, ok?
Para visualizar as dicas e medidas, basta clicar na foto aí na barra lateral direita. Fiz em formato pdf para quem quiser imprimir mas estou achando um pouco demorado para visualizar pelo menos no meu computador. Por favor, digam o que acham ou se preferem que eu coloque um link direto para esta postagem.

As medidas foram tiradas com xícaras e colheres padronizadas, facilmente encontradas em lojas de 1,99. A xícara com ingredientes secos foi enchida às colheradas, sem chacoalhar e depois nivelada com espátula ou faquinha.

   

Se não tiver colher padrão, encha uma colher de mesa dessa maneira para obter medida semelhante.

Geleia de Mexerica - passo a passo até esterilização de vidro

Estava na feira escolhendo batatas doces quando umas mexericas que estavam ao lado me chamaram a atenção pelo forte perfume. A boa aparência além do preço (15 por R$2,00) me convenceram a trazê-las para casa. Apesar de estarem docinhas e bem suculentas resolvi preparar geleia com elas!  Experimentei uma vez na nossa viagem para Gramado e nunca mais esqueci seu sabor maravilhoso!

Assim como a mandioca que recebe outros nomes como aipim e macaxeira, a mexerica também é conhecida por diferentes nomes conforme a região. Mexerica é um termo mais comum no Sudeste e Centro-Oeste. No Sul, principalmente no Rio Grande do Sul,  como bergamota ou vergamota. Em alguns Estados do Nordeste como laranja-cravo. No Maranhão e Piauí como tanja (redução de tangerina). Em Curitiba como laranja-mimosa e no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul qualquer variedade deste tipo de laranja é chamada poncã! Quantos nomes para a mesma delícia ne? ;)

Para preparar a geleia busquei inspiração em alguns blogs, assim como a forma de esterilizar os vidros (aqui, aqui, aqui e aqui).  O resultado final não poderia ser mais gostoso! Não ficou muito doce e dá para comer de colherada, sem nada mas claro que fica uma delícia também na torrada, no iogurte, com queijo branco... hummmm! Aviso que a geleia preparada desta maneira ainda é levemente amarga. Se não gostar, afervente as cascas mais vezes.

Comece lavando bem as mexericas. Descasque-as (1) e despreze as partes manchadas (2).

As cascas boas, corte em tirinhas finas com uma tesoura. Lave bem e coloque numa panela. Cubra com água fria (3) e leve ao fogo. Quando abrir fervura, escorra, lave bem e cubra com água fria novamente. Leve ao fogo e quando abrir fervura repita a operação. Faça isso mais 3 vezes (total de 5 fervuras). Escorra e reserve.

Separe os gomos (4) e com uma tesoura tire a parte branca fibrosa central e retire as sementes (5). Num pedaço de pano de algodão ou gaze que não solte fiapos, coloque as sementes e as fibras brancas (7) e amarre num saquinho (8). Pese os gomos limpos com o suco mais as cascas aferventadas (6). Para mim rendeu cerca de 1,5kg.

Numa panela grande e grossa, de preferência com revestimento de cerâmica, coloque os gomos, suco e cascas e a metade do peso delas em açúcar. No caso, 750g. Coloque a trouxinha de sementes também na panela e leve ao fogo. Quando abrir fervura (9), vá retirando a espuma branca que se formar na superfície com a ajuda de uma concha. Deixe apurando por cerca de 2 horas em fogo médio, mexendo de vez em quando (10 e 11).  Para verificar se está no ponto, coloque um pouco da geleia num prato e espere esfriar. Se estiver encorpado está ok, se continuar muito líquido, deixe apurando mais alguns minutos. No final, retire o saquinho de sementes, espremendo bem, e transfira imediatamente a geleia quente para os vidros esterilizados (explicação a seguir). Encha até quase a boca do vidro (deixe 1cm de espaço), limpe bem as bordas com um papel toalha embebido em álcool de cereais (à venda em lojas de artigos para perfume ou apicultores) e tampe fechando bem. Para garantir a completa esterilização das geleias, coloque os potes cheios na mesma panela em que ferveu os vidros. A água deve estar quente mas não fervendo e cobrir os potes 2 dedos acima. Deixe ferver por cerca de 10 minutos. Com cuidado, retire os potes (usei duas luvas de borracha grossa, uma em cima da outra) e deixe esfriar em cima de um pano de prato. Não coloque os potes direto no granito frio pois pode trincar. Espere esfriar totalmente e deixe guardado em lugar fresco e protegido da luz. Como vai pouco açúcar não deve se conservar por 1 ou 2 anos como as geleias tradicionais preparadas com o mesmo peso de frutas e açúcar. Calculo uns 3 meses mas sempre observando qualquer alteração na cor e presença de fungos antes de consumir.  Verifique também se a tampa não está estufada, caso isto acontecer, descarte imediatamente! As geleias em boas condições, depois de abertas devem ser conservadas na geladeira e consumir o mais rápido possível.

Como esterilizar vidros para geleias

Os vidros podem ser de outras geleias ou conservas industrializadas mas as tampas precisam ser novas. Aqui eu adquiri numa loja de produtos para apicultores mas pode ser encontrado em lojas de embalagens ou de utilidades domésticas também. Verifique se estão sem pontos de ferrugem e com a borracha interna intacta.

No caso de vidros novos, tomar muito cuidado, não pode ser qualquer um pois podem ser frágeis e não aguentar altas temperaturas. Informe-se com o vendedor.

Lave bem todos os vidros e tampas, enxaguando-os bem. Pegue uma panela grande e funda e forre o fundo com um pano de prato limpo e nunca usado de preferência. Distribua os vidros sobre o pano com a boca para cima  e cubra com água fria até cobrir 2 ou 3 dedos acima (12). Leve ao fogo e quando ferver, deixe 10 minutos.

As tampas, coloque numa outra panelinha e cubra com água (13). Leve ao fogo e deixe fervendo 5 minutos. Não deixe fervendo demais pois pode comprometer a borracha de vedação.

Tanto os vidros como as tampas, deixe em fogo baixo até o momento de utilizar.

Esterilize também uma pinça que será usada para tirar os vidros e uma colher para encher os vidros com geleia (14).

Forre a mesa com um pano de prato limpo e com cuidado, tire os vidros com a pinça e coloque-os de boca para baixo. Eles vão secar rapidamente por causa do calor. Tire as tampas e deite no pano também com a boca para baixo também. Utilize em seguida assim que secarem.

Para verificar se o processo de esterilização e vedação foi bem sucedido, verifique se a tampa está ligeiramente afundada. Depois de 24 horas, abra um pote e verifique a resistência ao abrir a tampa e se faz um barulho oco ao abri-lo. Se fizer, é porque você fez tudo direitinho! 

As 15 mexericas renderam 1 vidro de 200ml, 3 vidros de uns 250ml, 1 vidro de 300ml e mais um tantinho de geleia! :)

Expoingá 2012

Está acontecendo em Maringá a 40ª edição da Expoingá, feira agropecuária que acontece todos os anos que oferece além da exposição e leilão de animais e equipamentos agrícolas modernos, estandes que comercializam de quase tudo um pouco, desde carros até uma geleia caseira, passando por roupas, mudas de plantas, livros infantis  e um pequeno parque de diversões o que faz com que atraia toda a população da cidade e região. Teve também shows de cantores sertanejos do momento além de rodeios. 

Ficamos curiosos em ver de perto o gado wagyu (foto acima), de origem japonesa que já falei neste post e estava sendo exposto pela primeira vez na feira.  A carne dela é considerada o "caviar da carne bovina" pelos especialistas pela sua maciez, suculência e aroma peculiares das demais carnes bovinas.

São criados com extremo cuidado e seguem uma norma rígida para obter  a excelência de qualidade. Muitos mitos cercam sua criação. Já ouvi falar que ficam ouvindo música clássica o dia todo, bebem cerveja ou recebem até massagem com saquê! De verdade mesmo é que os bois são confinados e recebem uma ração especial para que sua carne adquira o marmoreio de gordura peculiar. 

A carne é classificada conforme o marmoreio de sua gordura, que formam desenhos na carne se entremeando de tal forma que quanto maior é, melhor a sua qualidade e maior é o preço. Abaixo coloquei as fotos dos tipos de marmoreio para vocês terem uma idéia. O 1.5 é considerado "ruim", o 2- regular, 3 e 4- bom, 5 a 7- muito bom, 8 a 12- excelente. Mesmo os considerados ruins e regular chegam a custar R$120,00/kg, do 3 a 7, R$200,00 e do 8 ao 12, incríveis R$300,00!!!

Apesar da grande quantidade de gordura, dizem os especialistas que a maior parte é de gordura insaturada, aquela boa que faz bem para a saúde como o azeite de oliva e para preservar essa qualidade exige cuidado no preparo também. Os bifes são grelhados rapidamente devendo ser consumidos mal passados.
Devido ao exorbitante preço, a carne é comercializada basicamente no eixo Rio-São Paulo e servidos em restaurantes 5* dessas cidades!
Já tivemos nossa experiência no Japão e realmente é deliciosa mas ainda fico com uma costelinha no bafo ou uma picanha no alho dos nossos boizinhos "plebeus" mesmo! ;)
Fiquei espantada com a variedade de bois criados aqui. Desde as vaquinhas malhadas de embalagem de leite até esses aí embaixo que parecem usar um chapéu russo.

Mais adiante alguns búfalos com surpreendentes olhos azuis! Só a genética para explicar já que os pais são de olhos escuros. Mistério!

Entre um pavilhão e outro, essa árvore chamou nossa atenção pelas lindas bolas de flores rosas, alguém sabe o nome????

Na parte "gastronômica", beliscamos comidas típicas que sempre aparecem nessas feiras (churros, batata chips, sanduba de pernil...), nada memorável mas tudo inflacionado e tabelado. Acho que poderiam abrir barracas com outras variedades de comidas já que muitas vendem as mesmas coisas ao longo de toda a feira ou algum prato que só possa ser comido nessa exposição como o tradicional carneiro no buraco da cidade de Campo Mourão.

Para casa, trouxemos um molho de pimenta mexicana que quase nos fez soltar fogo pela boca (rss) e esses docinhos simples mas que eu adoro, pipoca doce e arroz caramelado (okoshi)! Estavam super frescos e crocantes que deu até vontade de voltar lá pra comprar mais! ;p

A Expoingá começou dia 10 de Maio e vai até amanhã, dia 20. Os portões são abertos ao público a partir das 9 da manhã e os ingressos custam  R$6,00 (inteira) e R$3,00 (meia).

***Informações sobre wagyu obtidas aqui e aqui e num panfleto distribuído na exposição. 

Coisinhas bem bacanas!

Ninguém vai deixar de cozinhar se não tiver uma dessas coisinhas mas que são adoráveis e super estilosas, ahh isso são, sim e fiquei doida pra ter! ;)

Panquecas Pink! Mais uma receita de reaproveitamento e um pouco da caçulinha Meg!

A cozinha andou em ritmo de repetecos nos últimos dias. Teve bolo de cenoura, de fubá, pão de queijo e integral, torta de abobrinha, canjica... sem falar que a Meg foi castrada. Era quem faltava aqui em casa já que a Laika e a Zara já passaram pela cirurgia. Dá muita dó dos bichinhos no dia que voltam. Ficam jururu e gemem de dor mas é para o bem deles.
A Laika foi quem mais sofreu das três. Ficou quase 4 dias sem comer, só tomando água de coco e gemendo muito. Ficou quieta no cantinho dela esses dias todos e só a partir do quinto dia resolveu se alimentar e se locomover um pouco. Para tirar os pontos foi outro sufoco. Precisou que 3 pessoas segurassem ela para a veterinária tirar os pontos!
A Zara já foi bem tranquila. Ela ficou reclamando só no dia da castração. No dia seguinte já voltou a se alimentar, no terceiro já andava pra lá e pra cá e no dia que era para tirar os pontos ela já fez o "favor" de arrancar um deles por conta própria!
A Meg também não teve problemas na recuperação, tanto que no terceiro dia já levamos para um passeio leve. A veterinária que cuida das nossas bebês não tem costume de pedir para colocar o colar elizabetano. Além de incomodar, estressa mais ainda os bichinhos e por isso ela pede para que a gente leve uma camiseta velha no dia da cirurgia. Ela faz uma espécie de roupinha para impedir que o animalzinho fique cutucando o local da cirurgia. Só que a Meg foi tão danada que conseguiu destruir a roupinha que a doutora fez já no terceiro dia e tivemos que improvisar outra roupinha para ela. Como a Meg estragou até os cordões para fechar a roupa usei umas fitas de cetim e assim fomos passear. Ao cruzar com duas moças que também se exercitavam no mesmo lugar, elas comentaram "olha, ela tá com corpete!" Achamos engraçado e resolvi postar as fotos para vocês verem o tal "corpete" da Meg! rss

Hoje ela já voltou à agitação de antes, provocando as mais velhas, arrastando o cobertor que usa para dormir pela garagem toda e fazendo "barraco" com os cachorros que passam pela rua! rss

E para sair do jejum de receitas, trouxe estas panquecas de cor linda e vibrante, dica da Gina para aproveitar talos e folhas de beterraba! Os talos entram na massa e as folhas, usei no recheio e ficaram fantásticas! Fiz um molhinho branco e levei para gratinar rapidamente no forno já que a Gina avisou que elas desbotam no forno e deu certo! O que sobrou e requentei no microondas realmente acabou ficando com uma corzinha mais pálida mas fora isso continuou gostosa. Com certeza mais uma receita que entrou no nosso repertório para aproveitar melhor partes "menos" nobres das hortaliças!

Massa:

1 xícara de talos de beterrabas (usei um pouco mais)

1 xícara de farinha de trigo

2 colheres (sopa) rasas de amido de milho

1 ovo extra

1/2 xícara de leite

1 xícara de água

1 colher (sopa) de manteiga derretida

3 colheres (sopa) de óleo de canola

sal a gosto

Bata os talos com a água e o leite no liquidificador até ficar líquido. Junte os demais ingredientes e bata até ficar homogêneo. 

Aqueça uma frigideira teflonada em boas condições (de preferência nova) em fogo médio. Unte levemente com papel toalha embebido em óleo de canola e despeje uma porção da massa. Espalhe rapidamente girando a frigideira de modo que fique uma massa bem fina. Quando a superfície secar e a panqueca se descolar, vire com cuidado e deixe dourar mais alguns instantes do outro lado.

Tire a panqueca e deite num prato. Repita o processo até acabar a massa. Eu consegui 16 panquecas de 15cm de diâmetro. Coloque uma sobre a outra para que se mantenham aquecidas e não ressequem.

Recheio:

2 dentes de alho amassados

1 cebola média picadinha

500g de carne moída (usei patinho)

1 tomate picado

folhas de beterraba picadas finamente como couve

cheiro verde a gosto

sal e pimenta do reino a gosto

orégano a gosto

Refogue os alhos e cebola em um fio de óleo. Junte a carne e deixe refogar até cozinhar. Junte o tomate,  tempere levemente com sal e pimenta e refogue mais alguns minutos até o tomate derreter e secar um pouco do líquido.  Acrescente as folhas picadas e misture bem. Quando as folhas mudarem de cor, corrija o sal e tire do fogo. Junte o cheiro verde, mexa bem e recheie as panquecas.

Coloque um pouco de recheio no meio da panqueca e enrole bem apertadinho.

Vá dispondo as panquecas num refratário levemente untado com manteiga.

Cubra com molho branco e polvilhe queijo parmesão ralado.

Molho branco:

2 colheres (sopa) de manteiga

2 colheres (sopa) de farinha de trigo peneirada

1/2 litro de leite

100g de creme de leite (usei de caixinha UHT)

noz moscada ralada na hora a gosto

sal e pimenta do reino branca a gosto

Derreta a manteiga numa panela. Junte a farinha e misture sem parar até "fritar" bem por alguns minutos. Vá pingando leite aos poucos, mexendo sempre para não empelotar até formar um creme. Junte o creme de leite, noz moscada, sal e pimenta. Precisa ficar um creme ralo mas não líquido.

Leve para gratinar no forno pré-aquecido beeeeem quente (250˚C ou grill se tiver) por alguns minutos e sirva em seguida!