
* imagem obtida na net
Hoje eu vou contar um pouco da nossa viagem de retorno ao Brasil. Senta que lá vem estória! rsss
Ao decidirmos voltar para o Brasil, escolhemos a Emirates. Primeiro e o que pesou BASTANTE, foi o preço das passagens (de 30 a 60% mais barata do que as da JAL ou Lufthansa). Via Estados Unidos seria outra opçãoo barata não fosse o fato de nossos vistos de trânsito já estarem vencidos e renovar sairia mais caro, além de ter que passar raiva nos Estados Unidos (pelo menos na nossa última volta ao Brasil, ficamos as 2 horas da escala na fila mesmo que não andava e sob vigilância total dos funcionários do aeroporto. Já quase na hora de embarcar novamente, resolveram enfim acelerar e foi só o suficiente para ir ao banheiro onde outra funcionária estava de vigia e voltar correndo para o avião! Repetir a dose não estava definitivamente nos nossos planos!
Outro fator que pesou bastante na nossa escolha por voltar via Dubai foi termos ouvido só elogios a essa companhia de outros colegas. Apesar de ser uma rota longa e cansativa (11 horas do Japão a Dubai, 5 horas em trânsito em Dubai e mais 14 horas até São Paulo) as horas simplesmente passaram muito rápido!
Nossa viagem estava marcada para as 23:30h de uma sexta-feira mas como o vôo sairia de Osaka, nossa viagem começou as 11 da manha daquele dia. Foram 2 horas até Nagoya numa van e de lá para Osaka, mais 3 horas de ônibus. Em Nagoya nos juntamos a outros brasileiros que estavam partindo e era muuuuita gente mesmo! Muitos acenos, abraços e choro na partida dos ônibus que nos levariam a Osaka. Acho que foram 3 ou 4 ônibus fretados só com brasileiros voltando naquele dia, mas isso tem se repetido todos os dias desde o final do ano passado, para vocês terem noção da gravidade da crise do Japão.
Fiquei surpresa de ver como a estrada para aquela região do Japao é cheia de buracos e as paradas, decadentes, bem diferentes das paradas sentido Tokyo. O lugar onde fizemos um rápido descanso para ir ao banheiro e esticar as pernas parecia ter parado no tempo. Bem estranho!
Outra coisa que contribuiu para amenizar a longa viagem foi voltar com um casal de brasileiros que morava no mesmo alojamento. Conversamos a viagem toda, ela me deu muita força e incentivo para nosso retorno ao pais. Felizmente eles estão empregados no Japão e estavam voltando apenas para o casamento da filha, ao contrário da grande maioria dos brasileiros que estavam embarcando naquele dia...
A chegada ao aeroporto de Osaka foi muito emocionante. Para quem não sabe, o aeroporto foi construído sobre um aterro no mar. Gastou-se sabe-se lá quantos bilhões para construí-lo além de uma tecnologia que permite que os pilares que sustentam o aeroporto sejam levantados feito um macaco sempre que é necessário. Atravessamos uma longa ponte sobre o mar até chegar ao aeroporto. Já era final de tarde e o sol já ia se pondo, uma vista muito bonita sem dúvida. Foi só aí que a ficha finalmente caiu para mim! Estava indo embora do Japão e não consegui segurar as lágrimas. Estava deixando (de novo) para trás quase 20 anos de minha vida, minha família e muitas recordações.

*imagem colhida da net
Durante os dias que antecederam a viagem, estava com a cabeça tão ocupada com os últimos detalhes que nem tive tempo para pensar que estava indo embora de vez.
Não chorei nem quando fui me despedir de minha mãe mas ao ligar para ela, antes de entrar no avião, a emoção veio forte feito enxurrada. Já tinha trocado quase todos os ienes e estava apenas com algumas moedas que não foram suficientes para dizer a imensa saudade que sentiria dela. A ligação caiu e fiquei apenas com aquele tu-tu-tu ecoando no ouvido....

Viajamos ao lado de uma inglesa, diretora de uma escola no interior da Inglaterra. Ela e uma turma de alunos haviam passado 2 semanas no Japão e ficaram tão encantados com o país que já planejavam uma volta. Quando lhe perguntei sobre o que achou do sistema educacional japonês ela disse que achou totalmente diferente do método utilizado em sua escola. Os alunos japoneses não participam ativamente da aula, apenas ouvem os professores. Infelizmente existe uma hierarquia bem rígida em qualquer ambiente social japonês, desde a escola e se estende desde a associação de bairro até o trabalho...
Foi uma pena meu inglês ser bem limitado porque adoraria ter perguntado mais coisas a ela que disse ter viajado para muitos lugares do mundo! Lembrei-me na hora da querida amiga Valentina que, como ela mesmo se define, é uma cidadã do mundo!!!
O vôo transcorreu tranquilamente e desta vez eu nem quis dormir tanta a variedade de opções para passar o tempo. Muitos filmes recém lançados e músicas para todos os gostos, incluindo até sessões conduzidas de relaxamento e alongamento! Que diferença dos vôos de outras companhias que male male oferecem um ou dois filmes.
Os atendentes passavam direto com água e sucos, a comida servida nao é ruim mas achei melhor do trecho entre Japão e Dubai. Muita gente gosta de comprar nos duty free dos aeroportos e o de Dubai é hiper mega grande, tem muitas opções mas na parte de perfumaria e cremes, aconselho a comprar no Japão mesmo. Em Dubai os preços sao exorbitantes para o mesmo produto, além da maioria trabalhar com o dinar (aceita dolar mas dependendo da loja o troco volta em dinar).


Agora o que vale a pena comprar em Dubai, são as nozes de todos os tipos e as tâmaras. Meu Deus, as tâmaras de lá são maravilhosas!!! Arrependi-me de não ter comprado mais, são extra macias, saborosas e vêm recheadas com amêndoas, castanhas... hummm, delícia total, recomendo!!!
Vale também para os chocolates suiços, sabores diferentes do sorvete Haagen Dazs e ter a chance de comer um doce da famosa confeitaria francesa Lenôtre. Os restaurantes são de cozinha internacional mas para os que tem trânsito superior a 4 horas, como nós, tivemos direito de comer no restaurante do aeroporto de graça! Tem pãezinhos e bolos para um lanche mais leve até comida para encher o bucho mesmo. Tudo é bem temperado com muitas especiarias e alguns bem apimentados. Vale a pena experimentar!


Fora isso tem muitos objetos típicos como naguile, jarras, copos, todos de um dourado ofuscante! Disseram que o ouro lá é barato mas nós não achamos, não. Fora que são poucos funcionários e é preciso muita paciência para esperar ser atendido.
Para quem quer relaxar e se refrescar, o aeroporto oferece spas e banheiros para tomar banho mediante uma pequena taxa. Lá dentro tem toalhas, roupão e kit com ítens básicos de higiene mas o xampu e condicionador, eu aconselho levar o que você está acostumado porque o do kit deixa o cabelo durim durim... rss
Se quiser dormir, tem muitas poltronas que reclinam bem mas nem tivemos tempo de sentar tal a curiosidade de ver tudo, além da variedade de pessoas que circulam por lá. Árabes com roupas e veus branquíssimos, indianas cobertas por saris lindos, muçulmanas perfumadas cobertas com a burca mas carregando bolsas famosas e vestindo jeans e sapatos de salto altos por baixo...
E isto porque ficamos apenas dentro do aeroporto. Imagine a riqueza que deve ser lá fora! Apesar disso, para as próximas férias eu ainda prefiro tomar água de coco numa praia do nosso Nordeste, não tem coisa melhor!!! Pobre é fogo ne??? :-D