
Minha mãe passou algumas semanas conosco e sempre que ela vem aqui, procuro levá-la para passear nos finais de semana. Minha mãe adora bater perna, não importa a estrada, o quão longe seja, o quanto demore, ela não reclama de nada e nunca tira um cochilinho nem na ida nem na volta, ao contrário de mim que às vezes vou e volto babando e roncando, para desespero do Luiz! rsss Talvez ela tenha medo de perder a estação, talvez ela saiba o quanto é cansativo para o motorista ficar dirigindo sem ter com quem conversar, enfim ela está sempre alerta nas viagens!
Já queria levar minha mãe
num orquidário que tem em Izu faz tempo mas nunca que calhava de dar certo. Desta vez cismei que a levaria lá de qualquer jeito e lá fomos nós num sábado bem cedinho encarar muitas horas dentro de trens, já que o Luiz não pôde nos acompanhar e eu não dirijo, tenho total pavor de ficar atrás do volante.
O início da viagem correu nos conformes, fizemos as baldeações sem problemas e no final, tomamos um ônibus que nos levaria ao bendito orquidário. Compramos as passagens e nos enfiamos no primeiro ônibus parado à frente da bilheteria. Eu tinha certeza de que era a plataforma certa. Sentamos e logo o motorista deu partida. Fomos apreciando a paisagem durante o trajeto, muuuuuuito verde, mato até dizer chega, curvas e mais curvas... Já sabia que teria que encarar pelo menos 90 minutos de viagem e não estranhei a demora em chegar ao ponto final. Mas quando chegamos, cadê o parque??? Olhei e volta e achei tudo muito estranho... Já meio que em pânico, pergunto para o motorista e veio a resposta que eu mais temia: ÔNIBUS ERRADOOOOOO!!!! Para corrigir a burrada, tínhamos que voltar à estação de trem o que custaria mais 2 horas e mais outras 2 horas para chegar ao destino. Já era meio dia e o parque fechava às 5 da tarde. Não foi preciso ser muito boa em matemática para descobrir que não chegaríamos à tempo e mesmo que chegasse ficaríamos apenas uma meia hora. Não valia a pena perder mais tempo e dinheiro.
Se eu pudesse daria um chute no meu traseiro com minha total burrice. "Por que não perguntei ao motorista quando entrei no ônibus????"," Por que não verifiquei o número da plataforma direito???" Minha cabeça fervia de raiva, simplesmente não me conformava com tamanha estupidez!!!
E vocês acham que minha mãe reclamou? Ficou chateada??? Nadinha!!! Ela achou foi é graça!
Indo de volta à estação, comemos no ônibus mesmo o obentô que minha mãe preparou. Já estava conformada em voltar para casa quando me lembrei de uma placa numa das estações sobre um outro orquidário mais próximo. Resolvemos ir lá para não dar o dia por perdido.
O
parque Tropicarium é pequeno em vista do que queríamos visitar, mas as flores são bonitas e bem cuidadas. Não recomendaria ir somente por causa deste parque porque dá para dar um giro em menos de 20 minutos e fim. Pelas imediações também não tem nada de especial, enfim, só mesmo se você estiver de passagem na região.
Este dia tinha tudo para ser odiado, mas escrevendo este post eu finalmente percebi que o que mais importava não era ter chegado ao parque e sim, a companhia de minha mãe! Que óbvio! Andamos de braços dados, dividimos a comida, dei uma cochilada
básica a seu lado no trem (acordamos cedo ne??? rsss), fuçamos as lojas de souveniers... enfim, foi muito bom e curti muito minha companheirinha! Eu não sei, depois que a gente casa, tem nossa próprio canto, perdemos aquela intimidade que só a convivência diária nos dá. E essa temporada que ela passou conosco foi muito boa para resgatarmos este sentimento! Se no dia, fiquei até com medo de dizer para o Luiz já prevendo a bronca dele se contasse, hoje caiu a ficha de que não foi um dia perdido de forma alguma!!! Foi uma ótima aventura, atrapalhada é verdade, mas que vou me lembrar para sempre! ;-)














