
Já tinha até esquecido do ritmo acelerado de São Paulo e depois de quase ser atropelada pelos passageiros do metrô, apertei o botão "andar mais rápido" e comecei a entrar no ritmo de cidade grande.
Além do curso a expectativa era grande para rever familiares, fuçar as lojas do centro, shoppings e comer!!! Selecionei vários lugares mas o tempo foi curto e nem metade consegui visitar. Quem sabe numa próxima vez...
Estava ansiosa para conhecer o restaurante Kidoairaku na Liberdade, muito resenhado em vários blogs de comida. Fica do outro lado do Bunka, já tinha passado em frente trocentas vezes e nunca tinha reparado na sua fachada! O ambiente lembra aqueles "kissatens" (restaurante/cafés) do Japão. Chegamos cedo, nos blogs dizem que o lugar lota e constatamos ser verdade. Antes de terminar nossa refeição, todas as mesas já estavam ocupadas, inclusive o balcão. Outra coisa que notamos é que todos os clientes são japoneses ou descendentes e a nossa volta, só ouvíamos conversas em japonês. Por um instante achei que estava de volta ao Japão!
Confesso que nos assustamos com os preços dos pratos. Imaginava ser na mesma faixa dos outros restaurantes japoneses da Liberdade que costumamos frequentar mas os pratos que pedimos eram bem servidos e saímos bem satisfeitos do restaurante. Pedi peixe empanado e o marido pediu tonkatsu, carne de porco a milanesa. O teishoku vem com muitos acompanhamentos: salada, conservas, sunomono, cozido, missoshiru e uma espécie de chawanmushi mais firme. O arroz é excelente, com direito a repeteco. Não pedimos nada para beber mas serviram chá verde e como sobremesa, gelatina de café regado com leite condensado, delicioso!


Já na região da Avenida Paulista, queria passar na Santa Luzia. No caminho, experimentamos um cupcake na
Wondercakes. Pedimos um de frutas vermelhas, um dos poucos que não leva chocolate e ficamos encantados. O bolinho é muuuuito bom!!! Massa úmida, recheada com geléia de frutas vermelhas e uma cobertura super leve. Não estava nada doce em excesso. Até marido que é avesso aos bolos e doces daqui elogiou.

Na Santa Luzia, por incrível que possa parecer, não encontrei nenhum ítem que procurava. Se não tem lá, acho bem difícil conseguir encontrar em outro lugar... bom, paciência minhas lombriguinhas!
Experimentamos também o famoso pão de queijo da Haddock Lobo e confesso que não achei isso tudo que li por aí. Dizem que sai fornada de 15 em 15 minutos mas não sei se o horário que fomos não ajudou mas o pão já estava meio borrachudo. A única coisa diferente mesmo era o formato. Não sei se valeria outra ida para comprovar sua fama, acho melhor gastar os R$6,00 dos dois pães para comprar polvilho e queijo e preparar em casa...
Experimentamos eclairs no bistrô
Le Vin mas achei que não eram do dia. Fomos conhecer também o
Nami Choux. A confeitaria é linda, com pé direito altíssimo e uma decoração requintada. Eles oferecem bolos em pedaços, salgados e pães. Assobiei para mim mesma ao ver os preços dos doces, na média de R$7,00 cada. Levei apenas 2 pedaços de chiffon cake de baunilha coloridos para minha sogra experimentar.
A única coisa que lamentei foi descobrir que a confeitaria Premier Cake na Alameda Campinas fechou as portas. Ela também oferecia bolos no estilo japonês a preços bem mais acessíveis e mais saborosos que a Alteza da Liberdade.
Falando em Liberdade, no domingo, antes de viajar de volta para Maringá, voltamos ao bairro para visitar as lojas e as barracas de comida da feirinha na praça. Experimentamos takoyaki. A massa não fica a dever para os japoneses mas o pedaço de polvo era bem pequenininho, compreensível já que aqui custa os olhos da cara. Para ficar mais parecido, só faltou mesmo maionese por cima dos bolinhos.

Comemos também guiozá e nikuman mas achamos a massa bem pesada, bem diferente dos que comíamos nas lojas de conveniência japonesas. Lá a massa é bem levinha, um algodão, talvez seja a farinha de trigo daqui.


Vi muita gente comendo tempurá de camarão mas estava tão encharcado de óleo que certamente meu fígado chiaria depois. Encerrei com um imagawayaki, um bolinho assado na chapa recheado com ankô, doce de feijão. Na aparência lembra muito oban yaki mas a massa é mais fina e uma textura mais borrachuda como pão de queijo.


Fica para uma próxima visita os lugares que não consegui ticar na minha lista de comidinhas a experimentar! Como perceberam, em São Paulo é muito fácil cometer o pecado da gula!!! ;-)