Um jantar light e o estômago agradece!

Sabe aquele ditado de "tomar um café da manhã de rei, ter um almoço de príncipe e jantar de mendigo"? Pois é, infelizmente por causa dos horários malucos da saída do serviço nem sempre conseguimos seguir esta regrinha e volta e meia quando finalmente sentamos à mesa para jantar, já com o estômago nas costas, devoramos a comida! rsss
Acabamos comendo demais e na maioria das vezes coisa pesada. Hoje, pelo menos hoje!, tentei mudar um pouco nossos hábitos e não comemos arroz. Parece que se não tem arroz, não estamos tendo uma refeição de verdade. Estranho? Acho que é coisa de japonês! rss No lugar, substitui por uma galete de batata muito gostosa e um peixinho da estação que aqui chamamos de aji (lembra muito a cavalinha). Com mais uma saladinha verde, a refeição ficou completa! Fácil, rápido e gostoso! E não sentimos falta de arroz! :-)

Aji grelhado com molho de tomate

4 ajis cortados em filés (já comprei cortadinho e bonitinho no mercado, mas se você souber tirar os filés melhor ainda!)
sal e pimenta do reino branca
1 colher (sopa) de azeite
1 dente de alho picadinho
1/2 lata de tomates pelados picados (200g)
uma entornadinha rápida de vinho branco
sal e pimenta do reino
ervas de Provence a gosto

Disponha os filés de peixe numa travessa com a pele para baixo, Polvilhe um pouco de sal sobre cada um e deixe por uns 10 minutos.
Enquanto isso, refogue o alho no azeite, junte os tomates e tempere. Deixe refogando em fogo médio até encorpar.
Enxugue os filés com papel toalha e polvilhe pimenta do reino sobre eles.
Aqueça bem um grill ou frigideira e pulverize um pouco de azeite. Coloque os filés com a pele para baixo e deixe dourar bem antes de virar. Deixe dourar do outro lado e tire num prato. Sirva com o molho de tomates.


Galete de batatas

3 batatas médias
1/2 xícara de queijo mussarela picadinha ou ralada
1/2 colher (sopa) de manteiga ou margarina derretida
sal e pimenta a gosto
1 colher (sopa) de azeite

Descasque e rale as batatas ou corte em palitinhos beeeeem fininhos. Depois de raladas, não lave as batatas. Coloque numa vasilha junto com o queijo, a margarina derretida e tempere com sal e pimenta. Misture bem.
Aqueça o azeite na frigideira (usei uma de 25cm) e despeje toda a mistura de batatas. Espalhe as batatas por toda a frigideira e dê uma leve apertada sobre toda a superfície. Deixe cozinhar em fogo médio para baixo até que fique dourado do outro lado. Vire a galete com a ajuda de um prato (cubra a galete com um prato do mesmo tamanho da galete e vire a frigideira como se fosse desenformar pudim). Escorra a galete de volta para a frigideira e deixe terminar de cozinhar e dourar do outro lado. No final, se quiser que fique mais crocante, aumente o fogo e deixe dourar bem. Coloque a galete sobre uma tábua e na hora de cortar, corte de uma vez, não fique fazendo movimento de vai e vem. Sirva quentinho.
Se quiser, você pode incrementar a galete colocando ervas, presunto ou bacon!

Sabadão com pizza!

Peguei esta receita com um ex-colega de trabalho que era uma figura! Trabalhar com ele era rir o dia inteiro, gente boa, nunca tinha tempo ruim com ele! É muito bom trabalhar com pessoas assim, apesar das broncas que levávamos dos chefes por causa da conversa! rsss
Numa dessas conversas inevitavelmente caiu no assunto COMIDA (já contei este detalhe na série Blogueiras da Língua Portuguesa criada pela Valentina). Ele comentou sobre uma pizza de frigideira que ele e sua esposa preparavam todas as sextas que imediatamente me interessou. Pedi a receita que veio de um programa brasileiro de tv. Já fiz várias vezes, mas não é a massa tradicional de pizza. Ela fica bem leve e fofa, lembra mais um pão, mas se quiser abrir bem fininho, vai ficar bem crocante. Apesar de ser de frigideira, nunca fiz nela, sempre no forno. Mesmo este colega, preparava na grelha elétrica que aqui chamamos de hot plate. Quem algum dia experimentar fazer na frigideira e quiser deixar seu depoimento, por favor, diga como ficou! ;-)
Fiz meia receita que rendeu uma assadeira de 30x30cm. Abaixo vai a receita inteira!

Pizza de frigideira

* xícara de 200ml

4 xícaras de farinha de trigo (talvez precise de um pouco mais)
1 xícara de amido de milho
2 ovos médios
3 colheres (sopa) de margarina
2 colheres (sopa) de fermento para pão
1 colher (sobremesa) de açúcar
1 colher (chá) de sal
1 xícara de leite morno

Misture todos os ingredientes (eu costumo peneirar a farinha de trigo). Despeje a massa na mesa enfarinhada e vá sovando até que todos os ingredientes fiquem incorporados. Vá adicionando mais farinha se necessário, mas não muito para não ficar dura. Ela ainda fica um pouco pegajosa. Faça uma bola com a massa, coloque numa vasilha e cubra com filme plástico. Deixe descansando por 1 hora ou até que dobre de volume. Divida a massa em porções menores e abra numa assadeira untada (eu vou esticando com as mãos).
Fure toda a superfície com um garfo e leve para assar por uns 10 minutos no forno pré-aquecido a 190oC.
Cubra com molho de tomate, recheio de sua preferência e leve para o forno novamente.

Molho de tomate:

5 tomates maduros
1 dente de alho
1 colher de sopa de azeite
sal e pimenta do reino
orégano

Pique o alho e refogue no azeite. Deixe esfriar e bata tudo no liquidificador. Este molho é cru, não é cozido. Empregue em seguida.

Recheios que usei: metade atum e metade presunto coberto com mussarela, milho verde, cebola e azeitonas.

Rolinhos de abobrinhas

Estava com uma abobrinha solitária na minha gaveta e lembrei-me desta ótima sugestão da Regina. É muito leve e saboroso, perfeito para estes dias abafados que tem feito ultimamente por aqui!

1 abobrinha
100g de cottage cheese
1 lata pequena de atum escorrido
1 ou 2 colheres de maionese para dar liga
suco de limão
sal e pimenta do reino a gosto
salsinha picada

Corte a abobrinha em fatias bem finas (eu usei um ralador). Unte uma frigideira com um pouquinho de azeite e deixe aquecer bem. Vá grelhando as fatias de abobrinhas até ficarem douradas dos dois lados. Reserve num pratinho.
Misture o cottage cheese com os demais ingredientes. Coloque uma pequena porção do recheio na fatia de abobrinha e enrole como rocambole. Sirva em seguida.

Cupcakes do centenário

A pergunta que lancei no post anterior dos rocamboles foi respondida corretamente pela Vilma. Aquele rocambole mais escuro que lembra um Oreo é feito de, pasmem, tinta de lula! Alguém arrisca experimentar??? Parabéns, Vilma, pelo "olhar clínico"!

Sobre o evento do centenário, já recebi algumas receitas e estou confiante de que vai pintar muita coisa boa até o final de Agosto! Os cupcakes que fiz foram inspirados em algumas receitas que pesquisei na net e, apesar da correria com que foram feitos, o resultado foi muito bom. Confesso que gostei mais da mistura de matcha com goiabada. Não sou lá muito fã de kinako mas, tenho um pacotinho de kinako com gergelim moído que comprei a algumas semanas atrás para tomar com leite pela manhã e no primeiro gole pensei "tem gosto de paçoca!" Achei que se usasse em bolos ou biscoitos obteria um resultado bem interessante.


Cupcake de matcha, queijo & goiabada

100g de margarina culinária
60g de açúcar
1 pitada de sal
1 ovo médio
100g de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
2 colheres (chá) de matchá
2 colheres (sopa) de iogurte natural
goiabada em cortada em cubos de 2cm para rechear

Pré-aqueça o forno a 180oC.
Forre uma forma de muffins com forminhas de papel.
Peneire a farinha com o fermento, o matchá e o sal.

Bata a margarina com o açúcar até clarear. Junte o ovo batido em 3 vezes, batendo bem a cada adição. Peneire a mistura de ingredientes secos sobre o creme e junte o iogurte. Misture com uma espátula delicadamente até que fique uma massa lisa e brilhante. Distribua pelas forminhas (consegui 8) até a metade. coloque um pedaço de goiabada em cada uma e cubra com mais um pouco de massa. Leve ao forno para assar por 25 ou 30 minutos.
Tire do forno e deixe esfriar sobre uma grade.
Depois de frios, cubra com a cobertura e polvilhe coco ralado.

Cobertura:

200g de cream cheese amolecido
200ml de creme de leite fresco
4 ou 5 colheres (sopa) de mel
corante em gel verde e amarelo

Bata o cream cheese até ficar cremoso. Junte o creme de leite e o mel e bata até ficar com consistência de chantilly. Divida o creme em dois e use um pouco de corante verde e amarelo em cada um até chegar a tonalidade desejada. Prepare um saco de confeitar com bico para Mont Blanc (chuveirinho) e coloque de um lado o creme verde e de outro o creme amarelo. Esprema sobre os cupcakes.


Cupcake de kinako e gergelim

100g de farinha de trigo
2 ovos médios
70g de açúcar
70g de margarina
3 colheres (sopa) de leite
1/2 colher (chá) de fermento em pó
2 colheres (sopa) de kinako com gergelim em pó

Peneire a farinha com o fermento.
Pré-aqueça o forno a 180oC.
Forre uma forma de muffins com forminhas de papel.

Bata a margarina com o açúcar até clarear. Junte os ovos batidos aos poucos, batendo bem a cada adição. Peneire a farinha sobre o creme novamente e junte o kinako e o leite. Misture na mão até ficar uma massa lisa e brilhante. Distribua nas forminhas e leve para assar por 25 ou 30 minutos. Tire do forno e deixe esfriando sobre uma grade. Depois de frios, cubra com ganache de chocolate branco.

Ganache de chocolate branco:

100g de chocolate branco em tablete
200ml de creme de leite fresco

Pique o chocolate e coloque num refratário com 100ml de creme de leite. Leve ao microondas para derreter em potência média por 1 minuto, misturando na metade do tempo. Misture bem e deixe esfriar.
Bata o restante do creme de leite em ponto de chantilly. Junte o chantilly ao chocolate já frio e misture bem. Deixe na geladeira por meia hora para que fique mais consistente. Coloque em saco de confeitar com o bico de sua preferência e decore o cupcake a gosto. Eu polvilhei morango desidratado sobre o creme.

Enrolar é uma arte!

Seleção de alguns rocamboles que são vendidos aqui pela net. Um mais lindo e apetitoso do que o outro! Tem apenas um que é bem escurinho mas não é de chocolate. Alguém adivinha do que é???




















Pessoal, tive que ativar a confirmação de palavras porque estava entrando spam um atrás do outro aqui. Por enquanto, tenham um pouco de paciência para digitar as letras ao fazer comentários por aqui. Daqui a alguns dias eu desativo!

Queria aproveitar para (finalmente!!!) dar o resultado do teste de culinária que postei a alguns meses atrás. Será que você acertou???

1.b (pão sírio)
2.c (russa)
3.b (alemães)
4.b (homenagem ao ovo e bacon)
5.b (estudante de Bauru)
6.c (chineses)
7.b (brasileiros imitando franceses)
8.b (Milão)
9.c (China)
10.c (carcaça e asas do frango)
11.c (Campinas)
12.e (português que abriu restaurante no Brasil)

Hoje é dia de festa!

Quando tomei conhecimento ano passado sobre os preparativos para a comemoração do centenário da imigração japonesa no Brasil, logo fiquei empolgada em articular algum evento aqui no blog. Pensei em receitas, em depoimentos de descendentes que estão no Brasil, dos dekasseguis que optaram por se estabeler aqui, mas com o passar dos meses a idéia foi esfriando e passei por alguns momentos de desânimo total até desistir por completo da idéia, ou melhor quase. Nos últimos dias andei matutando com meus botões e acho que seria muita indiferença de minha parte deixar passar esta data em branco. Seria como negar minha própria identidade. Por esta e outras razões, gostaria de tomar uma pequena parte dos festejos com este evento de receitas que vou explicar logo adiante.

Parte das comemorações já vêm sendo organizados desde o ano passado. A televisão estatal japonesa NHK, por exemplo, exibiu um excelente e emocionante drama, Haru e Natsu, contando, através da estória de duas irmãs, a saga dos primeiros japoneses no Brasil, mostrando desde a decisão de sair do Japão até chegar aos seus descendentes nos tempos atuais. A novela contou com elenco de atores de primeira linha aqui do Japão e cenários e figurinos de época muito bem detalhados e fiéis. Quem acompanhou a novela com certeza precisou de muitos lenços para enxugar as lágrimas vendo tantos sofrimentos e obstáculos que nossos avós tiveram que ultrapassar em terras brasileiras.


Até o final do ano, mais eventos acontecerão no Brasil e alguns aqui organizados pela comunidade brasileira. A data oficial mesmo é hoje, dia 18 de Junho, quando atracou o primeiro navio, o Kasatomaru, no porto de Santos trazendo os primeiros imigrantes japoneses para trabalhar nas plantações de café no interior de São Paulo. Eles fugiam da extrema pobreza e miséria do Japão que assolava o começo do século XX. Para eles, ir ao Brasil era a única opção para continuar sobrevivendo.

Dos primeiros imigrantes até os descendentes de hoje, não se pode negar que os nossos olhos puxadinhos já fazem parte da massa brasileira tanto quanto os negros, brancos e índios. Muitos pratos e temperos que antes eram utilizados apenas na "colônia" (como é chamada a comunidade japonesa e seus descendentes), hoje já fazem parte da alimentação de muitos brasileiros como o broto de feijão, shoyu, abóbora cabochá, a raiz-forte, o tofu, o chá verde, o saquê entre outros.

Gostaria, então, de propôr um evento de receitas fazendo uso destes ou de outros ingredientes que vieram da culinária japonesa. Pode ser doce, salgado, prato típico japonês ou melhor ainda, uma fusão com culinárias de outros países! O evento está aberto aos blogueiros e leitores que costumam comentar com frequência aqui no Pecado da Gula. Quem tiver um blog, use a tag dos 100 anos que está no início deste post, publique a receita e me envie o link através de e-mail(pecadodagula.akemi@gmail.com). Os leitores que quiserem participar, por favor, enviem receita com FOTO para o mesmo endereço citado anteriormente. Estarei recebendo as receitas participantes até o final de Agosto. Agruparei todas num post onde a melhor receita será eleita através de votação. O vencedor ou vencedora ganhará alguns mimos daqui do Japão entre os quais uma cartela com selos comemorativos desta ocasião!


A minha homenagem é através destes cupcakes! O verde-amarelo é de matchá (pó de chá verde) recheado com goiabada e cobertura de cream-cheese. O branco e vermelho é de kinako (farelo de soja) com gergelim preto moído que, juntos, lembram bastante o sabor de paçoca!



Aqui se vê bastante a combinação de matchá com ankô, doce de feijão azuki e, por isso, achei que não deveria ficar ruim substituir por goiabada. Junto com o cream-cheese lembrou bastante romeu e julieta. O sabor do matchá aparece só no finalzinho mas tudo casou muito bem. Gostei bastante!
O de kinako queria cobrir com ganache de chocolate branco na verdade, mas pintaram umas horas-extras no serviço que bagunçaram meus planos e acabou ficando só um chantilly básico mesmo. Apesar disso, a massa ficou muito boa, macia e perfumada!

Amanhã volto para colocar a receita, hoje já estou morreeeeeeendo de sono, desculpem! Então é isso, gostaria muito de contar com a participação de vocês! Abraços! ;-)

Agradecimento!

Antes de tudo, gostaria de agradecer aos e-mails e comentários que recebi de amigos preocupados conosco já que houve um forte terremoto no sábado aqui no Japão. O tremor atingiu uma província bem longe de onde estamos chamada Iwate e pelo que vemos nos noticiários, houve grandes prejuízos e infelizmente, algumas pessoas morreram e outras estão desaparecidas. Até o domingo, mais de 200 tremores secundários foram sentidos na região e espera-se um grande abalo ainda nesta semana. Vamos orar para que não faça mais vítimas.

Mudando de assunto, hoje, ao voltar do serviço, encontrei um pacote sobre a mesa e tratei de abrir o mais rápido que pude para descobrir o que continha. Na verdade, já tinha mais ou menos uma idéia. Fiz um simples comentário sobre os mimos que a Bia recebeu da Linda, uma leitora lá de Minas Gerais e esta, mais que rápida e gentilmente se ofereceu para enviar um vidro de pequi para mim também! Sempre tive muita curiosidade em saber como era o famoso arroz de pequi que alguns colegas de trabalho que vieram da região de Minas e Goiás volta e meia comentavam.
A Linda não só enviou o pequi como muitas outras delícias para matar a saudade dos sabores de nossa terrinha! Parece que você até adivinhou porque o meu marido adora torrone! rss
Ganhei também um pacote de alfazema super aromático que tratarei de fazer uma infusão em breve e um prático e simpático pegador de panelas!
Muito obrigada de coração mesmo por todo este carinho, Linda! Adoramos tudo! ;-)

Rocambole de bananas carameladas

Mais uma receita que se alastrou por este site como fogo de palha. É uma adaptação de um doce popular na Romênia chamado Rulada recheado com maçãs. Esta versão é feita com bananas mas não menos saborosa. Na verdade, ficou deliciosa!!! É praticamente um bolo invertido de bananas mas bem menos doce, ideal desde o café da manhã até como sobremesa acompanhado de uma bola de sorvete.
A quantidade de caramelo pode parecer pouca, ela não chega a cobrir toda a forma. Aumentei só um bocadito mas recomendo que você se contenha caso queira caramelar toda a assadeira. A massa é fina e depois de enrolada, ficará muito doce e enjoativo.
Na receita original, você pode conferir o passo-a-passo com muitas fotos ilustrativas. Fiz sem forrar nem untar a forma e confesso que tive alguma dificuldade na hora de desenformar, algumas rodelas teimaram em ficar grudadas mas depois é só "grudar" de volta que não vai alterar em nada no resultado final. Mas da próxima vez, vou forrar com papel manteiga para facilitar esta etapa.

Rocambole de bananas carameladas

3 bananas em rodelas
3 ovos médios
60g de farinha de trigo
100g de açúcar
1 colher (chá) de fermento em pó
1 1/2 colher (sopa) de água

Caramelize 60g do açúcar e espalhe numa assadeira (30x30cm). Corte as bananas em rodelas e espalhe sobre a assadeira caramelada
Pré-aqueça o forno a 170oC.
Peneire a farinha com o fermento.
Separe as claras das gemas.
Coloque as claras com a água numa vasilha e bata na batedeira até espumar.Vá adicionando o açúcar restante (40g) em 3 vezes, batendo bem a cada adição até que fique um suspiro firme. Sempre batendo, vá colocando uma gema de cada vez.
Tire da batedeira e peneire a farinha mais uma vez sobre essa gemada. Misture delicadamente com uma espátula.
Em seguida, despeje a massa por cima das bananas e nivele a superfície. Leve para assar por uns 15 ou 20 minutos ou até que fique dourado.
Tire do forno e solte as beiradas do bolo com a ajuda de uma faquinha. Desenforme ainda quente sobre um papel manteiga. Enrole como rocambole e enrole este com o papel manteiga. Deixe esfriar assim. É bom tanto em temperatura ambiente com geladinho! ;-)

Feliz Dia dos Namorados! :-)

Espero que todos os apaixonados tenham hoje um dia muito especial e doce como eu tive! Saímos cedo do serviço, jantamos um delicioso tonkotsu lamen (macarrão japonês com caldo feito com ossos de porco) e de sobremesa, estes bolos encantadores.
De cima para baixo, bolo de chocolate com chantilly de chocolate (comprei só por causa do cachorrinho de chantilly, é uma graça, vocês não acham???), bolo recheado com creme diplomate e morangos, mil folhas e tortinha de frutas. Adoramos estes bolos! Pode parecer difícil de acreditar mas são bem leves! O chantilly não é daqueles que pesam no estômago ou deixa na boca aquele gosto desagradável de gordura, o açúcar na medida certa, decoração caprichada. Se não tem padaria em cada esquina aqui, tem confeitaria que não acaba mais. Muitas são lojas tão luxuosas, com bolos lindos expostos na vitrine mas que, ao comer, são uma tremenda decepção!
Estes aqui vieram de uma pequena confeitaria que fica de porta fechada. Sim, fechada mesmo e não é nem daquelas portas de vidro nem automáticas, é porta de madeira que não dá visão nenhuma de dentro. Tem só uma placa muito discreta dizendo que se trata de uma confeitaria e se não fosse a tabuleta de "OPEN" ao lado da porta, nem arriscaria pegar na maçaneta. A confeitaria fica em frente a uma pequena loja de produtos brasileiros em Fukuroi onde o Luiz costuma comprar revistas. Sempre ficava de olho comprido para a confeitaria, mas a porta fechada me fazia levantar as orelhas desconfiada de que não haveria nada de mais lá dentro e também intimidava um pouco. Mas hoje queria um docinho para comemorar o dia e decidi que iria conhecer esta confeitaria. E que grata descoberta fiz! Entrando, o lugar é bem maior do que se imagina de fora. Tem até um pequeno salão de chá para quem quiser degustar os bolos lá mesmo. Vai para a listinha dos meus favoritos, só preciso saber agora o nome do lugar porque se tinha, estava mais escondido ainda! rss
Hoje também se tornou um dia mais especial com o aviso da Karen de que já está no ar um texto que ela escreveu com base numa entrevista que lhe dei para um pequeno jornal de Campinas voltado para descendentes de japoneses, o Folha Obara. Fiquei muito lisonjeada com o convite e até duvidei que minha humilde vida de blogueira e dekasssegui pudesse render algum "caldo" mas fiquei surpresa e muito feliz em ver a maneira como a Karen conseguiu extrair de minhas respostas, esta reportagem leve e divertida, como o próprio Pecado da Gula! Karen, li também o ótimo texto com a Miki e só posso dizer que já és uma jornalista nata! Muito obrigada por oferecer esta oportunidade de contar um pouco mais de mim! Adorei de verdade e espero que estas sejam as primeiras de muitas reportagens que você ainda vai nos brindar! ;-)

Carbonara com abobrinhas

Esta receita dedico para a "arquiteta e decoradora" responsável pela reforma da minha cozinha, a Luciana! Ela havia comentado uma vez que tinha tentado fazer este molho mas fez tudo a olho e achou que não tinha ficado como gostaria. Disse a ela que tinha uma receita ótima e fiquei de postar na primeira oportunidade que fizesse novamente. E lá se vão meses desde a promessa! Que vergonha!!!
Finalmente preparei neste final de semana e resolvi dar uma incrementada colocando abobrinhas. A idéia veio deste blog e a combinação ficou mais do que deliciosa! O molho veio de um livrinho japonês ótimo só com massas feitas por alguns chefs de restaurante. Se não me falha a memória, já fiz um macarrão com ostras do mesmo livro e postei faz alguns meses atrás aqui. Tentei procurar pelo Google mas não encontrei, o que me faz lembrar que preciso urgentemente atualizar meu índice de receitas!!! :-p


Carbonara com abobrinhas para Lu

250g de espaguete
80g de bacon picado
200ml de creme de leite fresco
50g de queijo parmesão ralado
3 gemas
1 abobrinha picada
1 colher (sopa) de azeite
sal e muuuuuuuita pimenta do reino moída na hora
queijo parmesão extra para polvilhar

Coloque o macarrão para cozinhar.
Aqueça o azeite numa frigideira em fogo alto. Despeje as abobrinhas e deixe grelhar até ficar levemente queimado dos dois lados. Retire num prato e deixe coberto com papel alumínio.
Na mesma frigideira, coloque mais um pouco de azeite se necessário e coloque o bacon picado. Frite em fogo baixo até que fique bem douradinho e crocante. Tire num prato forrado com papel toalha.
Numa vasilha, despeje o creme de leite, o parmesão, as gemas e tempere com sal e pimenta. Misture tudo muito bem.
Escorra o macarrão e coloque numa travessa aquecida. Despeje o molho por cima, espalhe as abobrinhas, o bacon e dê mais uma polvilhada generosa de pimenta do reino e queijo ralado. Sirva imediatamente!

Clafoutis de cereja

Estamos na época de cerejas americanas por aqui e desta vez quis aproveitar para preparar algumas receitas com elas. Na verdade, sempre que chega a estação, tenho esta vontade mas acabo comendo-as in natura mesmo. Elas são tão deliciosas e irresistíveis que quando vou ver, cadê???? rss
Cheguei a comprar até um descaroçador de cerejas para fazer as receitas e já se passou mais de um ano guardado na gaveta!
Ontem, comprei alguns pacotinhos de cereja disposta a reverter a situação (na verdade, mais do que o necessário porque já sabia que durante o preparo, muitas cerejas seriam papadas por mim! rss). A primeira escolhinha foi clafoutis!
Clafoutis é uma espécie de pudim e já vi receitinhas em muitos blogs amigos usando frutas variadas, mas o de cereja é um clássico.
Usei uma receita da Fer, que pegou deste blog.
A receita é facílima, o único trabalho é tirar os caroços das cerejas. Só deixo avisado para usar um avental e deixe seu caderninho de receitas bem longe porque respinga bastante, fato que constatei tarde demais! :-(
O resultado final é um doce que lembra muito pudim de padaria (tem textura firme) e as cerejas complementam deliciosamente, ou será o contrário??? Só sei que untei a forma com açúcar e canela e isto, minha gente, deu uma perfumada que fez toda a diferença na sobremesa! Achei que ficaria um pouco doce, mas está perfeito, na medida certa. Se quiser "estragar" o doce mais um pouco, sirva morno com sorvete de creme ou frio com chantilly!
Se quiser uma textura mais leve, experimente esta
versão!
Clafoutis de cerejas

200g de farinha de trigo
120g de açúcar
uma pitada de sal
3 ovos (usei 4 médios)
80g de manteiga sem sal derretida
250ml de leite
500g de cerejas descaroçadas

Pré-aqueça o forno a 200oC.
Unte um refratário de 30cm. Aqui eu polvilhei ainda com uma mistura de açúcar e canela em pó.

Numa vasilha grande, coloque a farinha, o açúcar e o sal (eu peneirei tudo) e misture bem. Com a batedeira, vá juntado os ovos, um a um, misturando bem a cada adição. Junte a manteiga e bata mais um pouco. Incorpore o leite aos poucos em baixa velocidade até que fique uma massa bem lisa e sem caroços. Se quiser garantir a textura, peneire a mistura.

Espalhe as cerejas no refratário e despeje com cuidado a massa por cima. Leve ao forno por 30 minutos ou até que fique dourado e firme.

Nikomi hambagu - cozido de hamburguer

Não sei exatamente a origem deste prato. Invenção de japonês ou talvez uma adaptação de almôndegas ao molho, só sei que ele é servido em muitos restaurantes aqui e volta e meia aparece uma receitinha em programas culinários.
Alguns usam uma base de molho de tomates, outros de demi glace, uns levam vinho tinto, outros caldo de legumes, enfim, cada um dá o seu toque pessoal. Fiz uma vez em casa há muito tempo usando uma receita de uma revista mas como usava catchup, ficou doce, enjoativo, de jogar fora e rasgar a receita! Estes dias, não sei por quê mas fiquei com uma vontade de comer este prato e resolvi arriscar novamente. Usei algumas receitas da net como base e fui tirando ingredientes daqui e acolá, passando bem longe do catchup! rsss
O preparo é em etapas e por isso, demorou um pouco, mas no final, ao me sentar à mesa e provar, fiquei suspresa com o resultado. Olha, deixando a modéstia de lado, se pudesse, apertaria minha mão porque o molho ficou show de bola! rss
Para acompanhar, fiz um purê de batata, cenouras e vagens cozidas, além do arroz branco, mas este molho com um espaguete também deve cair muito bem!

Nikomi hambagu

4 porções

Hamburguer:

300g de carne moída mista (vaca e porco)
sal, pimenta do reino e noz-moscada ralada na hora
1 ovo médio
4 colheres (sopa) de pankô (farinha de rosca japonesa)
1/2 cebola grande picada

Coloque a carne numa vasilha junto com o sal, pimenta e noz-moscada. Amasse bem até que dê liga e a carne fique meia esbranquiçada. Junte a cebola, ovo e pankô. Amasse bem e divida em 4 partes. Modele os hamburguers como se fosse um quibe achatado com 2 cm de espessura. Aqueça uma frigideira com um pouco de óleo em fogo forte. Coloque todos os hamburguers e deixe dourar bem dos dois lados. Não se preocupe se ficar cru por dentro porque eles serão cozidos no molho depois. Tire num prato e reserve.

Molho:

2 colheres (sopa) de margarina
1/2 cebola grande em fatias finas
1 pacote de shimeji separados
8 champignons em fatias
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
150ml de água
100ml de vinho tinto seco
1 lata de tomates pelados (400g)
sal e pimenta do reino a gosto
2 colheres (sopa) de usta sauce ou molho inglês
1 colher (sopa) de shoyu
uma pitada de cominho se desejar

queijo de sua preferência para gratinar (usei uma mistura de mussarela com gouda e cheddar)

Coloque a farinha de trigo peneirada numa panela e leve ao fogo médio. Vá misturando sempre até que fique levemente dourada, cuidado para não queimar. Tire numa vasilha e deixe de lado. Nesta mesma panela, junte a margarina e deixe derreter. Coloque as fatias de cebola e deixe fritar até que fiquem douradas. Junte os cogumelos e deixe refogar por alguns minutos. Polvilhe o farinha de trigo e adicione a água, o vinho e a lata de tomates. Mexa bem, esfregando bem o fundo queimado que é o que dá gosto ao molho. O molho engrossa rapidamente. Se ficar muito grosso, coloque mais um pouco de água. Tempere com sal, pimenta, usta sauce, shoyu e cominho. Misture bem e coloque os hamburguers, cobrindo-os com o molho. Tampe a panela e deixe cozinhar por 10 minutos, mexendo de vez enquando para não queimar o fundo. Tire do fogo e deixe descansando por 1 hora para que o molho penetre bem no hamburguer.
Aqueça o forno a 220oC. Coloque a carne e o molho num refratário, cubra com queijo e leve ao forno para derreter. Sirva em seguida.

Ainda chego lá

Alguém consegue sair daqui sem se inspirar em alguma das delícias que a Simone prepara? Assim que vi estes fudges, sabia que teria que fazê-los porque minha lombriguinha não me daria sossego enquanto não fosse saciada! O grande problema aqui é encontrar barras grandes de chocolate nos mercados. É preciso ir em lojas especializadas ou recorrer à internet, a não ser na época do Valentine's quando há chocolate para tudo quanto é lado. Comprei algumas barras neste período que estavam guardadas para alguma receita que pintasse durante o ano e eis que chegou a hora delas saírem do armário!
A receita é tão simples e com tão poucos ingredientes que achei que não poderia dar errado. Ficaram gostosos (lembram o recheio do chokito) mas acho que devo ter feito alguma coisa errada porque não ficaram com aparência cremosa como os da Simone. Não sei se deveria ter usado um chocolate com mais cacau, ou se submeti o chocolate e os caramelos a um calor excessivo. Como dá para se ver na foto, os meus docinhos ficaram opacos e sofri para cortá-los. Nem estava pensando em postar agora porque tenho a intenção de refazê-los, mas como distribui na fábrica e alguns colegas pediram que eu postasse, estou aqui atendendo ao pedido.

Fudge

450g de chocolate meio amargo
1 lata de leite condensado
17 balas de caramelo mastigáveis (usei apenas 15 desta marca)
1 xícara de castanhas do pará picadas grosseiramente (usei pecãs)
uma pitada de sal

Derreta o chocolate meio amargo no microondas na potência média por cerca de 2 minutos ou até que esteja derretido. Reserve. Em uma travessa funda adicione o leite condensado e os caramelos descascados. Leve ao microondas na potência alta por 3 minutos. Os caramelos deverão estar derretidos. Misture até ficar homogêneo. Agregue o chocolate derretido, a pitada de sal e as castanhas e misture tudo muito bem. Em uma travessa previamente forrada com plástico filme ou plástico celofane (é preciso ter sobras de plástico para que depois de colocada a massa, você possa envolvê-la com o plástico) de cerca de 22x22 cms, despeje a mistura, alise e nivele com o auxílio de uma espátula. Leve ao freezer por cerca de 3 horas, até ficar bem duro. Desenforme, retire o plástico e com uma faca grande e lisa, corte em quadrados. Caso deseje, polvilhe com cacau em pó.

Pão de queijo japonês

Antes de tudo, muito obrigada a todas as pessoas que passaram por aqui e deixaram comentários no último post e outros diversos! Andei muito triste e desanimada estes dias, mas o carinho de todos vocês e, em especial de uma pessoa que nem vou dizer o nome porque ela vai saber quando ler este texto, foram muito importantes para que eu deixasse para trás detalhes chatos que por vezes atrasam nossas vidas!
Lição aprendida, página virada, bola para frente! :-)
Fiz poucas coisas estes dias na cozinha, além do trivial básico. Mas ontem, folheando um livro japonês de receitas que o maridão comprou durante nosso passeio em Tokyo, estes pãezinhos logo me chamaram a atenção. Na verdade, todas as receitas já foram postadas neste blog e agora foram parar em 3 livros. Achei muito bacana na medida em que a autora procura utilizar ingredientes alternativos e, sempre que possível, fazer no fogão ou forninho elétrico, pratos que geralmente pedem forno, formas, etc, etc...
Encontrei inclusive uma receita dela que já fiz e postei aqui, o Cinnamon roll de frigideira. Daí já dá para se ver que praticidade é sua palavra de ordem! ;-)
Este pão de queijo foi outra grande sacada dela, que adora esta delícia verde-amarela e sempre comprava a mistura pronta para fazer. Olhando os ingredientes da mistura, ela percebeu que tinha tudo em casa, "por que não fazer ela mesma do zero?", pensou. O polvilho foi substituído pelo katakurikô (fécula de batata) que pode ser encontrado em qualquer quitandinha de esquina por aqui e o queijo, ela usou o parmesão ralado mesmo.
Confesso que quando comecei a fazer, não estava botando muita fé nos pães, principalmente na textura tanto para modelar quanto depois de assada. Será que vai dar para enrolar, será que vai ficar com aquela gominha por dentro??? Será??? Será??? Hummm... duvidei até o fim!!!
E não é que a massa ficou no ponto certo para enrolar? :-) Coloquei no forninho elétrico, estes de esquentar pão mesmo, crente que ficariam crus por dentro mas, acabei tendo que dar minha mão à palmatória. A mulher é danada, gente! Ficou muito bom mesmo! É claro que não dá para se comparar a um legítimo pão de queijo mineiro, mas para nós que estamos longe de nossa terrinha e nem sempre temos os ingredientes à mão, é um grande quebra-galho!

Pão de queijo japonês

Rendimento: 15 pães de 3 cm

* xícara de 200ml

50ml de leite
3 colheres (sopa) de água (45ml)
2 colheres (sopa) de manteiga ou margarina (coloquei só uma colher)
1 xícara de katakurikô (片栗粉 - fécula de batata)
1/2 colher (chá) de fermento em pó
sal a gosto
1/2 xícara de queijo ralado
1 ovo médio + 1 colher de chá de água ou 1 ovo grande

Coloque o leite, a água e a manteiga num copo alto que possa ser levado ao microondas. Aqueça em potência alta (700W) por 2 minutos ou ferva numa panelinha.
Numa vasilha, coloque o katakurikô e o fermento. Misture e despeje o leite quente de uma vez. Mexa bem e junte o ovo com a água, o queijo e um pouco de sal. Eu coloquei um pouco de queijo picadinho também, como solta gordura, diminuí na margarina. Amasse bem e enrole. Unte as mãos se necessário. Disponha as bolinhas na forma do forninho forrada com papel alumínio ou papel manteiga que suporte altas temperaturas. O forninho deverá estar na potência máxima (1000W) e pré-aquecido. Coloque os pães para assar por cerca de 15 minutos.
Caso esfrie, é só aquecer no microondas coberto com filme plástico por uns 30 segundos.

PS: antes que esqueça, Melissa, não conheço nenhum restaurante mexicano nesta região, gomen ne! Deixe, por favor, o nome deste restaurante que você costuma ir em Tokyo para que possamos experimentar na próxima vez!