Torta de maçã finlandesa

Sabe aquelas receitas que quando você passa os olhos pelos ingredientes já sabe que vão ser sucesso? Esta é uma delas! Parece como muitos outros bolos de maçã mas o toque do cardamono faz TODA diferença! Foi uma pena não termos sorvete de creme para acompanhar uma fatia desta torta, ficaria perfeito!
Peguei a receita neste site japonês e, segundo a pessoa que a postou, esta torta é típica da Finlândia e por lá é conhecida como "omenapiirakka". Não me perguntem como se pronuncia, mas podem ter certeza de que é deliciosa! ;-)



2 ovos batidos
130g de açúcar
150g de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
80ml de leite
50g de manteiga (usei cerca de 70g de margarina culinária)
1 colher (chá) de cardamono em pó (a gosto)

Cobertura:
3 a 4 maçãs descascadas, "desmioladas" e fatiadas
canela e açúcar a gosto (usei açúcar cristal, depois de assado ficou bem crocante!)

Pré-aqueça o forno a 225oC (assei a 205oC).

Unte muito bem e enfarinhe uma forma para torta desmontável de 24cm.

Peneire a farinha com o fermento e o cardamono.

Bata a manteiga com o açúcar até formar creme. Junte os ovos aos poucos, batendo bem a cada adição. Pode ser que talhe, mas não se preocupe, pode continuar sem sustos.

Alterne o leite com os ingredientes secos. Misture bem até que fique tudo homogêneo. Despeje a massa na forma e espalhe as fatias de maçã por cima. Polvilhe o açúcar misturado com canela e leve para assar. É bom colocar a forma da torta dentro de outra forma ou assadeira maior. No meu caso, a massa acabou transbordando um pouco.

Asse por 30 a 35 minutos ou até ficar corado. Faça o teste do palito.

Espere amornar uns 10 minutos antes de desenformar.

Sirva morno com chantilly ou sorvete de creme.

Sakura Sweets!

Agora um momento "merchan"! rss Aproveitando a primavera lá do outro lado do mundo, onde o sakura esta em plena florada, tenho o prazer em anunciar a chegada do Sakura Sweets aqui em terras maringaenses!
Ufa, demorou até eu me organizar e me localizar aqui na cidade, mas enfim posso "abrir as portas" da nossa empreitada no ramo da confeitaria! Fazemos bolos e doces sob encomenda para eventos em geral.
Aos poucos pretendo ir mostrando toda a nossa linha de produtos, mas um dos grandes diferenciais é que os nossos bolos são preparados com reduzida quantidade de açúcar. Abaixo alguns dos bolos já entregues:


Este é um bolo branco preparado com massa genoise, um pão de ló levíssimo, recheado com creme belga com abacaxi e beijinho de coco, coberto com chantilly, farelo de massa folhada e decorado com abacaxi em calda caseiro e lascas de chocolate branco com transfer.


Aqui, outro bolo branco recheado com trufa de abacaxi e creme belga, coberto com chantilly, raspas de chocolate branco e escuro e asas de chocolate branco em toda volta.


Bolo de chocolate recheado com brigadeiro trufado e ganache branco mesclado com geléia de framboesa caseira, coberto com chantilly, coulis de framboesa e raspas de chocolate.


Bolo branco recheado com creme belga com ameixas pretas e creme belga com pêssegos, coberto com chantilly e decorado com pêssegos, asas de chocolate branco e pistaches picadinhos.

Para maiores informações, nosso telefone está impresso no cartão acima e o e-mail é sakurasweets.maringa(arroba)gmail.com.

O melhor brócolis da sua vida!

Quando voltei para o Brasil, fiquei surpresa ao encontrar os brócolis japoneses aqui. São bem mais macios, saborosos e infinitamente mais fáceis de limpar! Volta e meia eles acabam na frigideira num refogadinho básico a base de alho e óleo ou numa salada cozida. Em busca de outras alternativas, deparei-me com esta receita que, pelo título, intrigou-me bastante. Para mim, é preciso muita coragem e ter passado por uns bons bocados de acontecimentos para poder anunciar que alguma coisa é a melhor coisa da vida, uma expressão forte, assim como dizer "para sempre" ou "nunca mais".

Lendo a postagem, a primeira vista, não vi nada de extraordinário. Tem uma forma de preparo diferente (tirando a parte em que ele diz que não lavou os brocolis!!!) e com um ou outro toque a mais. OK, não custa experimentar, pois pelos ingredientes, ruim não iria ficar, pensei.

Ao final, tive que admitir, ô brócolis bão! rss Não vou dizer que é o melhor da minha vida, porque o mundo da culinária é tão infinito que, certamente, amanhã posso ter a oportunidade de experimentar algo melhor mas, a receita tem com certeza o seu mérito e é realmente delicioso. Como disse o gourmet amador, o grande tchan deste acompanhamento são as raspinhas e suco de limão, não deixe de colocar!

Eu o classifiquei como acompanhamento mas, por mim, comeria só ele tranquilamente de tão bom que é! Nunca um buquê de brócolis sumiu da mesa tão rapidamente! Mesmo frio é gostoso e penso que seria ótimo servi-lo num churrasco.

A receita original veio deste livro mas eu coloquei os ingredientes no olhômetro.

Abaixo transcrevo a receita original e entre parênteses o jeito que eu preparei:

Pré-aqueça ao forno a 220oC.

Forre uma assadeira com papel manteiga ou folha de alumínio.

Corte 1.5kg de brócolis em buquês menores, mas não muito miudinhos. lave e deixe secar bem (eu usei só um buquê médio do brócolis japonês).

Espalhe os brócolis na assadeira, regue com 5 colheres (sopa) de azeite , 1 1/2 colher (chá) de sal e 1/2 colher (chá) de pimenta do reino moída na hora. Espalhe 4 dentes de alho fatiados por cima de tudo (eu coloquei 2 dentes para a quantidade de brócolis que usei e os demais ingredientes, tudo no olho. Dei ainda uma mexida, com as mãos, para envolver bem nos temperos). Procure deixar todos os buquezinhos em contato com a assadeira, não deixe "encavalados".

Leve para assar por 20 a 25 minutos até que os brócolis fiquem macios e levemente corados (para mim, 15 minutos foram o suficiente, mas fique de olho porque os danadinhos queimam fácil depois que começam a "fritar" no forno).

Tire do forno e rale na hora a casca de 1 limão e regue com o seu suco (eu usei 1/4 de casca e suco de 1/2 limão). Regue com mais 1 1/2 colher (sopa) de azeite, 3 colheres (sopa) de pinolis torrados (não usei), 1/3 xícara de queijo parmesão ralado na hora (foi no olho) e 2 colheres (sopa) de folhas de manjericão picadas (não usei). Eu coloquei ainda um fio de shoyu porque acho que combina muito bem com limão.

Agora é só sentar e se deliciar!!! ;-)

Bolinhos da Maroca

Sempre critiquei o Big Brother sem nunca ter assistido uma edição. Não entendia qual a graça de ver um monte de pessoas presas numa casa, sendo vigiadas 24 horas por dia. Deu na louca e resolvi assistir e de repente me vi torcendo e passando raiva junto com os participantes! Não me perguntem o que aconteceu, mas entre unhas roídas de uma mão a outra, foi bem divertido e, é claro, que alguns pratos povoaram minha cabeça e atiçaram minha curiosidade. Os bolinhos da discórdia da Anamara foi um deles.
Desde que experimentei a proteína texturizada de soja num restaurante vegetariano, virei fã e o seu uso nesta receita só me deixou mais estimulada a produzir aqui em casa. Strogonoff agora é só com a tal proteína de soja, bem mais saudável, tem praticamente a mesma textura de carne e, melhor, muito mais em conta ($$$$)! rsss
Os bolinhos ficaram bem gostosos por conta de todos os temperos usados. O coloral pode ser substituído por curry em pó para quem quiser dar um toque indiano ao prato! A dica que deixo é apertar bem os bolinhos na hora de enrolar. Eu não apertei muito e eles se esfarelavam na hora de comer.

* xícara medida de 240ml

2 xícaras de proteina texturizada de soja (PTS) - usei a média
2 colheres (sopa) de azeite ou óleo
2 dentes de alho
1 cebola grande
1 pimentão
2 tomates
1 colher (sopa) de coentro
2 colheres (sopa) de cheiro verde
1 colher (sopa) de coloral
1/4 xícara de caldo de carne (dissolva 1/4 xícara de água quente com 2 cubos de caldo de carne - eu usei só água e temperei com sal e pimenta)
1 colher (sopa) de farinha de trigo


Dissolva 2 cubos de caldo de legumes em 1 litro de água quente numa vasilha grande. Despeje aí a PTS e deixe por pelo menos 15 minutos para hidratar. Eu deixo até amornar bem a água. Esprema bem, desprezando o caldo e reserve.
Refogue o alho no azeite. Coloque a cebola e pimentão picado. Refogue até a cebola ficar transparente. Junte os tomates picados e a PTS. Acrescente o coloral, caldo de carne ou água e deixe cozinhar até secar o líquido. Por final, peneire a farinha e misture por alguns minutos até incorporar e cozer. Tire do fogo, junte os temperos verdes, misture bem e deixe esfriar.

Faça bolinhas do tamanho de uma de ping pong. Passe farinha de trigo levemente nas bolinhas e frite-as em óleo quente. Escorra em papel toalha e sirva quentinho.

Friozinho... chá... cookies!!!

Ai, ai, ai ando bem atrasada com minhas postagens. As receitas estão todas quietinhas, pacientemente aguardando sua vez. Nem sempre sobra tempo, nem sempre a inspiração para escrever aparece. Receita por receita, tem muitos sites por aí, não é mesmo? Acho que a grande diferença entre os sites e os blogues amadores é justamente esse lado pessoal que transmitimos através das palavras. Nem que seja uma observação aqui, uma alteração ali, algum acontecimento acolá... Enfim, não consigo simplesmente jogar a receita e pronto. Sinto necessidade de deixar algumas palavrinhas, nem que sejam abobrinhas! rss

Pois bem, dias atrás fez um friozinho que me inspirou a preparar uns biscoitinhos.
Queria uns crocantes, daqueles que fazem muito CROC CROC. Procurando receitas, encontrei esta. Pareceram-me muito apetitosas e lá fui eu correr para cozinha.
Logo os cookies já estavam prontos e eu, como sempre apressada, experimentando ainda quentes e, como sempre, queimando a língua! X-p

Os biscoitos são mais do tipo amanteigados, não crocantes como procurava, mas não deixam de ser saborosos! Como vai cream cheese na massa, substituí a geléia por goiabada e ficaram muito bons!

* xícara medida de 250ml

226g de manteiga em temperatura ambiente(usei apenas 200g)
1 xícara de açúcar (usei 3/4 xícara)
85g de cream cheese em temperatura ambiente(usei light que é menos salgado)
1 gema
1 colher (sopa) de essência de baunilha
1/2 colher (chá) de sal
2 1/2 xícara de farinha de trigo
1/4 xícara de geléia de framboesa (usei goiabada em cubinhos)

Pré-aqueça o forno a 180oC.

Forre 3 assadeiras grandes com papel manteiga.

Bata a manteiga, o cream cheese e o açúcar até ficar cremoso e claro. Limpe as laterais da tigela com colher de silicone e junte a gema, bauinilha e sal. Bata mais um pouco. Acrescente a farinha peneirada e bata em velocidade baixa até ser incorporada.

Coloque a massa em saco de confeitar com bico pitanga grande. Esprema porções da massa formando espirais. Com o cabo de uma colher de pau enfarinhado, faça cavidades no centro das espirais. Deposite aí o cubinho de goiabada.

Leve para assar por 25 a 30 minutos ou até corarem na parte de baixo. A superfície deve ficar mais branquinha.

Espere amornar por 5 minutos antes de tirar da forma e colocá-los sobre grade para terminarem de esfriar.

Guarde em potes bem fechados.

Pannacotta com geléia de kinkan

Espero que todos tenham tido uma Páscoa maravilhosa, junto dos familiares, comendo muito peixe e ovos de chocolate! Confesso que depois de tantos anos no Japão onde as datas cristãs passam batido, acabo me esquecendo e só me dou conta quando vou ao mercado e vejo aquele teto abarrotado de ovos de Páscoa que chega até a escurecer os corredores! rss
Em casa não teve bacalhau, que está como sempre pela hora da morte, mas em respeito a sexta-feira santa, comemos um delicioso talharim ao molho de atum preparado pelo maridão. Não teve ovo de chocolate também. Espantem-se, eu, uma super formigona, ando bem enjoada de doces! Tudo por conta das diversas receitas que tenho testado para colocar na nossa linha de produtos. Em breve vou compartilhar com vocês! ;-)

Por conta disto, estou fugindo dos doces muito doces e preferindo coisas mais suaves ao paladar. "Enton-sis" semana passada, na feira do produtor, encontrei kinkans, aquelas laranjinhas japonesas pequeninas que in natura só dá para comer a casca porque a polpa é bem azeda. Tratei de fazer uma geléia que, por si só já estava boa para se comer com torradinhas mas quis inventar mais um pouco e cismei que ficaria ótima para acompanhar pannacotta. Hummm, o palpite não estava errado, ficou perfeita!

Creio que o grande pulo do gato de uma boa pannacotta seja usar fava de baunilha, por isso não a deixe de usar. Ainda tenho algumas favas que trouxe do Japão mas sei que tem no Mercadão de São Paulo e aqui caso se interesse em procurar. Mesmo que não seja na pannacotta, usar a baunilha em fava dá um perfume maravilhoso em qualquer creme, geléia, flan...

A geléia foi feita assim: corte as kinkans em 4, em cruz, e retire as sementes. Pique bem miudinho ou passe pelo processador. Pese esta pasta e use metade do peso em açúcar. Por exemplo, se tinha 200g de pasta de kinkan, utilize 100g de açúcar.
Coloque a pasta e o açúcar numa panela e acrescente alguns pedacinhos de canela em pau, cravinhos e sementes de cardamonos amassados. Coloque também um pouco de água caso suas kinkans estejam secas, como foi o meu caso.
Leve tudo ao fogo médio e mexendo sempre deixe apurar até o ponto desejado, mais mole ou mais sequinha.



Pannacotta

5g de gelatina em pó sem sabor e incolor
50ml de água fria
250ml de leite
250ml de creme de leite fresco
60g de açúcar
2 colheres (sopa) de leite em pó (opcional)
2 colheres (sopa) de rum (não usei)
1 fava de baunilha ou 2 colheres (chá) de essência de baunilha

Hidrate a gelatina na água. Reserve.
Numa panela, coloque o leite, creme de leite, leite em pó, açúcar e fava com sementes raspadas. Misture e leve ao fogo. Misture de vez enquando e tire do fogo um pouco antes de abrir fervura.
Coloque a gelatina e mexa para incorporar. Se usar esséncia e rum, coloque-os nesse momento.
Coe ou retire a fava e distribua em tacinhas. Espere amornar antes de levar a geladeira.
Na hora de servir, coloque um pouco da geléia de kinkan, licor de laranja (usei Cointreau) a gosto e decore com uma folhinha de hortelã!